Sexta, 12 Abril 2024 12:06

Advogados integravam o CV como "testas de ferro", diz Polícia Destaque

Escrito por
Avalie este item
(0 votos)

 

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, no âmbito da Operação Apito Final, apontaram que os advogados Jonas Candido da Silva e Fabiana Félix de Arruda Souza ultrapassaram os limites éticos da profissão e passaram a atuar como membros da organização criminosa formada por Paulo Witer Farias Paelo, o WT. 



Conforme a apuração, os advogados atuavam como “laranjas” de Paulo Witer, em negócios como compra de veículos e imóveis. 

“A associação criminosa do WT tinha como modus operandi, justamente, a compra e venda de bens móveis e imóveis com objetivo de dar licitude ao dinheiro obtido por meio do tráfico de drogas, e as investigações apontaram, de forma clara, o envolvimento dos advogados nesses esquemas para ocultação de bens”, afirmou o delegado Rafael Scatolon, que chefiou as investigações. 

A apuração da Polícia Civil apontou que a relação entre os advogados e o principal alvo da operação, que é tesoureiro de uma facção criminosa, antecede a primeira prisão de Paulo Witer, em 2021. 

De acordo com os investigadores, quando foi preso em 2021, Paulo Witer dirigia uma Mitsubishi Pajero Sport HPE, registrada em nome da advogada Fabiana.

O veículo tinha sido adquirido por R$ 310 mil, e foi pago por outras duas pessoas que também aparecem nas investigações da GCCO: Filipe Augusto Viecili e Renan Freire Borman. 

Além da Pajero, Fabiana também “emprestou seu nome” para a compra de um Toyota Corolla, pelo valor de R$ 176,8 mil.

Este segundo veículo também foi pago por Renan Borman.

Mensagens trocadas entre Paulo Witer e a advogada, identificadas pela Polícia Civil, confirmam a participação de Fabiana como “testa de ferro” para o esquema de ocultação de bens desde, pelo menos, 2020. 

À época, WT foi levado para a delegacia por dirigir um Corolla sem os documentos do veículo, e estar com a tornozeleira desligada.

Segundo relatou à Fabiana, via mensagens no Whatsapp, ele afirmou para a polícia que pegou o carro emprestado da advogada para ir à farmácia, e alertou: “Não pode falar que você comprou de mim. Porque aí é perigoso dar associação pra você, né? Tem que falar que você comprou e vendeu, entendeu?”.

Conforme os investigadores, o Corolla foi vendido um mês depois para a esposa de Joventino Xavier.

Ele figura nas investigações como proprietário de garagem criada para o esquema de lavagem de dinheiro do grupo criminoso. 

O Pajero de Fabiana também foi vendido em seguida.

O veículo havia sido comprado em janeiro de 2021, poucos meses depois de WT ter sido flagrado com o Corolla.

Contudo, dois dias depois de Paulo Witer ter sido preso naquele ano, em 27 de fevereiro, Fabiana vendeu o veículo.



IMÓVEL EM CONDOMÍNIO - O advogado Jonas Candido da Silva também é apontado como membro da associação criminosa Comando Vermelho.

Consta da investigação que o advogado teria comprado um imóvel no Condomínio Primor das Torres, em Cuiabá, em janeiro de 2022, mas a movimentação para pagamento do imóvel não foi localizada pelos investigadores. 

 

Diário de Cuiabá

 

 

 
Ler 24 vezes
SINPRFMT

SINPRFMT - Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado Mato Grosso
R. Maj. Gama, 921 - Centro Sul - Cuiabá - Mato Grosso - Cep. 78015-250
Telefone: (65) 3023-4560 - WhatsApp: (65) 99953-7349

Facebook

Localização

Contato

SINPRFMT
Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado Mato Grosso
Rua Major Gama, 921 
Centro Sul
Cuiabá - Mato Grosso
Cep. 78.020-170
Telefone: (65) 3023-4560
WhatsApp: (65) 99953-7349

E-mail: 
secretaria@sinprfmt.com.br