Terça, 02 Janeiro 2024 15:36

"Foi um crime de ódio", diz delegado sobre mortes de sem teto Destaque

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"Foi um crime de ódio. Ódio por seres humanos em vulnerabilidade social. Pessoas que já são carentes, estão abandonadas, não são criminosos. O mau exemplo desses policiais não reflete a corporação”.

A afirmação é do delegado Thiago Garcia Damasceno, titular da Delegacia de Homicídios (DHPP) de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), sobre os dois policiais do Bope que executaram moradores de rua e deixaram dois ferido em estado grave na cidade.

Em coletiva, o delegado disse que não existiu uma causa para se matarem duas pessoas e deixarem outras duas feridas. 

O presidente do inquérito que apura a tentativa de chacina na madrugada da ultima quarta-feira (27) afirmou que as investigações culminaram com uma explicação “esdrúxula” do ferimento em uma das perna de um dos acusados.

A lesão e as explicações não convincentes chamaram a atenção dos policiais civis da DHPP, disse.

O policial militar Cássio Teixeira Brito já está preso. Elder José da Silva está foragido. Ambos são lotados no Bope, grupo de elite da Polícia Militar, em Rondonópolis.

O delegado Damasceno lembrou que os dois policiais militares eram experientes, com mais de dez anos de carreira.

Os dois, segundo o delegado, são acusados de matar os sem tetos Thiago Rodrigues Lopes,de 37 anos, e Odinilson Landvoight de Oliveira, de 41. E ainda  ferir outros dois, que foram hospitalizados.

O grupo estava em frente ao Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro POP), na madrugada do dia 27 de dezembro, quando os acusados passaram atirando.

INVESTIGAÇÕES RÁPIDAS - O delegado responsável pelo caso afirmou, que, desde o momento da comunicação do fato, já foram tomadas medidas necessárias para elucidar o caso o mais rápido possível, ouvindo testemunhas, coletando imagens e com a perícia.

Um dos sobreviventes contou que viu o momento em que o carro modelo Land Rover ,de cor verde escura, se aproximou e o passageiro passou uma arma para que o motorista atirasse. Ele não descreveu o rosto do atirador.

“As câmeras de segurança que alcançamos não são de qualidade eficiente, mas, no transcorrer da apuração, tivemos conhecimento que um policial havia chegado ao hospital com ferimento, logo após o crime. Confirmamos que a dupla chegou ao hospital com a Land Rover e confirmamos que era o mesmo carro, com imagens nítidas das câmeras”, disse o policial.

COINCIDÊNCIA FATAL - Além da “coincidência” sobre a chegada do policial ao hospital logo após os assassinatos, chamou atenção do delegado a versão relatada no boletim de ocorrência para justificar o ferimento causado por tiro na perna dele.

 "Ele (o policial) registrou boletim de ocorrência sobre o ferimento com uma justificativa muito esdruxula”, destacou. "Não existe uma causa que gerou essa reação violenta".

O PM Cássio foi preso na manhã desta sexta-feira e, ao ter a arma solicitada para apreensão, disse que a perdeu na quinta-feira (28), um dia após o crime.

O comparsa Elder segue foragido e os agentes estão à sua procura.

Fonte: Diário de Cuiabá

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