Além das infrações, os policiais encontraram no veículo uma garrafa de cerveja e uma de vodca vazias. Segundo o coronel, após Raimundo parar e descer do carro, os agentes verificaram que ele estava com uma faca na cintura. “Se a faca estava em uma bainha, é porque ele estava preparado para andar com aquela faca”, ressaltou o militar.
Durante a Operação Álcool Zero, o veículo de Raimundo Cleofás teria saído da fila para fiscalização do primeiro bloqueio e acelerado, atropelando o tenente da PMDF responsável pela ação. Nesse momento, os agentes de segurança efetuaram os primeiros disparos em direção aos pneus. Chegando no segundo ponto de contenção, logo à frente, o motorista tentou novamente fugir e os policiais realizaram novos disparos.
A PMDF afirma que o condutor desobedeceu às ordens emitidas pelos policiais, o que teria dado início à perseguição, até o momento em que o condutor parou, saiu do carro e deitou-se no chão, na via S1, perto da Esplanada dos Ministérios. De acordo com a Polícia Militar do DF, a perseguição policial ocorreu porque o motorista estava com evidentes sinais de embriaguez. Raimundo foi preso em flagrante. Na manhã desta segunda-feira (30/10), ele teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça do Distrito Federal.
Morador de São Sebastião, Islan da Cruz Nogueira, 24 anos, era passageiro e morreu no local, antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O veículo tinha ao menos cinco marcas de tiro nos vidros traseiro e dianteiro, capô e porta. Após a morte do jovem, o corpo foi encaminhado à sede do Instituto de Medicina Legal (IML), da PCDF, assim como o carro envolvido.
A Polícia Civil do DF, por meio da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), abriu dois inquéritos para apurar o caso. O primeiro deles investiga as circunstâncias da morte de Islan. Na ocasião, as armas de oito policiais militares que estavam na ação foram apreendidas. Os agentes foram afastados pela corporação para acompanhamento psicológico.
No segundo inquérito, a PCDF investiga Raimundo pelos crimes de tentativa de homicídio por jogar o carro contra os militares e atropelar um deles, além do crime de embriaguez ao volante.
Fonte: Correio Braziliense